A comunidade Montijense, e em particular os Canhenses, tomaram conhecimento, via comunicação social, de que o governo tencionaria construir um estabelecimento prisional em Canha, no âmbito dos investimentos no Parque Prisional.
À notícia foi dado caráter “oficial” pelo Presidente de Câmara, na sessão de quarta-feira passada deste órgão, onde transmitiu aos Vereadores e aos presentes que não divulgara mais cedo este investimento público porque estivera à espera de um anúncio público por parte do Governo.
A comunicação desta intenção ganhou alguma credibilidade pelo facto de dias antes o presidente de Câmara ter estado em Canha, com dois membros do Governo, a secretária de Estado Adjunta e da Justiça e o secretário de Estado do Tesouro, constatando a situação de degradação em que se encontra a Herdade Gil Vaz.
Face ao anúncio, e independentemente do que a Coligação Democrática Unitária entende que seria o melhor dos investimentos públicos para o desenvolvimento socioeconómico do país, da região, do concelho de Montijo e de Canha e Pegões em particular, e que todos os montijenses conhecem sobejamente (Novo Aeroporto de Lisboa), a Vereação CDU deu conta de que também nesta área o país carece, como no geral das funções sociais do Estado, de um sério investimento público em infraestruturas obsoletas e sobrelotadas e em recursos humanos e reservou a sua posição , com responsabilidade e sentido de Estado, para o conhecimento e análise atenta do investimento.
Terminada a sessão de Câmara, lida e relida a comunicação social e consultado o portal do Governo, constata-se e infelizmente já sem surpresa, que o anúncio do investimento e do seu montante não constam dos anúncios públicos, de comunicados oficiais ou oficiosos, nem dos ditos governantes, nem do Ministro do Planeamento e das Infraestruturas…
O Presidente da Câmara de Montijo colocou-se, uma vez mais, à boleia de uma especulação noticiosa, substituindo-se ao Governo que não lhe terá passado procuração como porta-voz, e colocou em ridículo Montijenses e Canhenses em particular, com considerações mirabolantes, ao jeito de “mala-posta”, sem oportunidade, sem ponderação, sem sentido de Estado e sem o mínimo rigor.
Canha e as Freguesias de Pegões precisam, efetivamente, de um forte Investimento Público e de políticas que dinamizem a economia, a atividade agroflorestal, a agricultura familiar, a fixação de população.
Mas Canha e todo o concelho precisam, igualmente, de uma política autárquica e de autarcas que lutem pela Terra, que afirmem o Montijo e que potenciem a imensa capacidade instalada e as excecionais qualidades estratégicas do território.
Basta de amadorismos, de navegação à vista e de ridículo!
A Vereação CDU